(Para V.)
Reporto-me à história do minhoto que diz ao outro à saída da Exposição do Mundo Português (Lisboa, 1940): "agora tu já sabes o que é ser português".
Eu tinha uma exposição maior para mostrar. Mas desvalorizei à partida a busca da identidade nacional, pois por mais que procurasse apenas encontrava peças de uma outra identidade, praticamente tropeçava nelas. Fosse num antigo palácio real, numa exposição comemorativa, num eléctrico centenário ou num cinema municipal, nada me dizia (e até podia dizer) portugalidade. Eu apenas descobria a construção da identidade sentimental.
Por isso, nem sei se alguém ficou a saber o que é ser português. Eu, pelo menos, fiquei a saber outra coisa.
Reporto-me à história do minhoto que diz ao outro à saída da Exposição do Mundo Português (Lisboa, 1940): "agora tu já sabes o que é ser português".
Eu tinha uma exposição maior para mostrar. Mas desvalorizei à partida a busca da identidade nacional, pois por mais que procurasse apenas encontrava peças de uma outra identidade, praticamente tropeçava nelas. Fosse num antigo palácio real, numa exposição comemorativa, num eléctrico centenário ou num cinema municipal, nada me dizia (e até podia dizer) portugalidade. Eu apenas descobria a construção da identidade sentimental.
Por isso, nem sei se alguém ficou a saber o que é ser português. Eu, pelo menos, fiquei a saber outra coisa.
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