Aqueles momentos na praia estavam, apesar de tudo, repletos de um grande erotismo. Pelo menos, eu sentia-os como tal. Talvez apenas eu.
Enquanto eu permanecia meio vestido na toalha, com os olhos postos num livro ou na linha da água, ele entregava-se aos prazeres da água fria e salgada.
Ele era bonito, tenho de o dizer. Tinha uma cara agradável, os olhos grandes que primeiro me tinham cativado. Uns olhos que sorriam com a boca. Ou que antes tinham sorrido com a boca. Naquela praia eram apenas grande e com círculos negros em redor. É verdade.
Mas continuava bonito e o seu corpo bem feito. E na praia usava sempre uns calções de banho vermelhos e justos, o que - em conjunto com a sua pele morena - criava um verdadeiro regalo para a vista naquele areal. O quadro era de uma beleza bastante sensual.
Eu ficava a observá-lo enquanto ele se afastava para ir até ao mar, o conteúdo tonificado dos calções de banho caminhando em toda a sua perfeição. Eu queria reter aquela imagem, se possível pará-la para meu deleite pessoal. Se possível, com o ruído das ondinhas que vinham bater contra a praia. Se possível.
Também porque aquela beleza evocava tanta coisa e também elas belas.
Depois do mar, voltava para junto de mim e aí podia vê-lo novamente caminhar, agora na minha direcção. Os calções vermelhos colados à pele morena. Acima dos calções, uma pequena seara de pêlos que ressurgia depois para cobrir levemente o peito.
Aí, eu tinha de sorrir, mesmo que não quisesse. E sorria-lhe enquanto ele se deitava ao meu lado coberto de gotas.
Eu sabia que nada daquilo era encenado. Antes fosse. Saber que tanta beleza, tanta simplicidade, tanto corpo, eram reais - naquela praia de desespero - entristecia-me. Sobretudo que eles de mim pediam apenas uma coisa.
Há muitas coisas que não sei, que nunca saberei explicar.
Quando saímos da praia, não resistia. Caminhávamos lado a lado e a minha mão estendia-se para alcançar a dele. E era assim que íamos até ao hotel, ao nosso quartinho. Juntos.
Enquanto eu permanecia meio vestido na toalha, com os olhos postos num livro ou na linha da água, ele entregava-se aos prazeres da água fria e salgada.
Ele era bonito, tenho de o dizer. Tinha uma cara agradável, os olhos grandes que primeiro me tinham cativado. Uns olhos que sorriam com a boca. Ou que antes tinham sorrido com a boca. Naquela praia eram apenas grande e com círculos negros em redor. É verdade.
Mas continuava bonito e o seu corpo bem feito. E na praia usava sempre uns calções de banho vermelhos e justos, o que - em conjunto com a sua pele morena - criava um verdadeiro regalo para a vista naquele areal. O quadro era de uma beleza bastante sensual.
Eu ficava a observá-lo enquanto ele se afastava para ir até ao mar, o conteúdo tonificado dos calções de banho caminhando em toda a sua perfeição. Eu queria reter aquela imagem, se possível pará-la para meu deleite pessoal. Se possível, com o ruído das ondinhas que vinham bater contra a praia. Se possível.
Também porque aquela beleza evocava tanta coisa e também elas belas.
Depois do mar, voltava para junto de mim e aí podia vê-lo novamente caminhar, agora na minha direcção. Os calções vermelhos colados à pele morena. Acima dos calções, uma pequena seara de pêlos que ressurgia depois para cobrir levemente o peito.
Aí, eu tinha de sorrir, mesmo que não quisesse. E sorria-lhe enquanto ele se deitava ao meu lado coberto de gotas.
Eu sabia que nada daquilo era encenado. Antes fosse. Saber que tanta beleza, tanta simplicidade, tanto corpo, eram reais - naquela praia de desespero - entristecia-me. Sobretudo que eles de mim pediam apenas uma coisa.
Há muitas coisas que não sei, que nunca saberei explicar.
Quando saímos da praia, não resistia. Caminhávamos lado a lado e a minha mão estendia-se para alcançar a dele. E era assim que íamos até ao hotel, ao nosso quartinho. Juntos.
1 comentário:
Nem era preciso anunciares o erotismo da cena porque sentia-se em cada palavra que se seguiu. Isto foi um misto de triste e escaldante. Estou a ficar perturbada. Os calções agarrados, as gotas no corpo, o nada ser encenado, a mão que se estende para ele quando vão para o quarto, o sorriso - tudo é tão... Falta-me o teu vocabulário para o dizer numa palavra, portanto serei simplista: perfeito.
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