Passaram-se dias sem que o tivesse visto uma única vez. E nem o seu nome sabia... Não esqueçamos que Doroteia levou uma semana a perceber de quem se tratava. Para além disso, na sua astúcia, ponderou ainda se devia revelar ou não a identidade do jovem à filha do visconde de Lavínios. Nisso, passaram-se mais uns dias até que Leonor fosse informada. Doroteia lá acabou por decidir que mal não faria.
Mas como dizíamos, vários dias se passaram e Leonor sem ver o jovem que na festa tão forte impressão nela causara.
Baseada nas impressões, entregou-se por completo à imaginação. Pegando no que lhe ficara daquela noite de tanta elegância (comprovada pelas referências em vários jornais dos dias seguintes), Leonor dedicou-se a recuperar a imagem de Gonçalo. Os olhos, o sorriso, a voz, a barba. A voz que era tão máscula e suave e lhe soubera falar ao ego e ao coração.
Não se cansou de relembrar as frases que lhe ouvira, os gestos e os olhares. Daí, claro, passou para a criação original de momentos em que o reencontraria. Imaginou os cumprimentos, as várias possibilidades de conversação, até os momentos em que ele se iria rir de algum acertado dito dela.
E já se passavam tantos dias...
Reencontrou-o, sim. E aí a sua imaginação já tinha alterado traços, alguns para melhor, como o desenho do nariz. Mas o que sentiu no peito não deixava espaço para dúvidas: era ele. Ele que no baile lhe falara tão bem ao coração e ao ego.
Mas a isso voltaremos depois.
Mas como dizíamos, vários dias se passaram e Leonor sem ver o jovem que na festa tão forte impressão nela causara.
Baseada nas impressões, entregou-se por completo à imaginação. Pegando no que lhe ficara daquela noite de tanta elegância (comprovada pelas referências em vários jornais dos dias seguintes), Leonor dedicou-se a recuperar a imagem de Gonçalo. Os olhos, o sorriso, a voz, a barba. A voz que era tão máscula e suave e lhe soubera falar ao ego e ao coração.
Não se cansou de relembrar as frases que lhe ouvira, os gestos e os olhares. Daí, claro, passou para a criação original de momentos em que o reencontraria. Imaginou os cumprimentos, as várias possibilidades de conversação, até os momentos em que ele se iria rir de algum acertado dito dela.
E já se passavam tantos dias...
Reencontrou-o, sim. E aí a sua imaginação já tinha alterado traços, alguns para melhor, como o desenho do nariz. Mas o que sentiu no peito não deixava espaço para dúvidas: era ele. Ele que no baile lhe falara tão bem ao coração e ao ego.
Mas a isso voltaremos depois.