Era de noite. Se Leonor e Gonçalo se tivessem sentado naquele banco, tê-lo-iam feito com mais aprumo. Muito direitos, muito correctos. Mas, claro, os tempos eram outros e eles estavam apaixonados.
Por isso nós não nos sentámos direitos e correctos.
A referência de um remoto casal oitocentista torna-se aliás absurda: essa imagem vale pelo que vale, sem qualquer significado segundo, apenas por ser bela.
Tão bela como a de um banco de jardim num pequeno largo de bairro residencial, à luz intermitente de um candeeiro eléctrico. Até que choveu.
Uma chuva calma e agressiva, própria da estação e do ditado popular, caindo direita. E nós no alpendre de um prédio, atirando cigarros às poças. Víamos chover e chovíamos com ela.
Por isso nós não nos sentámos direitos e correctos.
A referência de um remoto casal oitocentista torna-se aliás absurda: essa imagem vale pelo que vale, sem qualquer significado segundo, apenas por ser bela.
Tão bela como a de um banco de jardim num pequeno largo de bairro residencial, à luz intermitente de um candeeiro eléctrico. Até que choveu.
Uma chuva calma e agressiva, própria da estação e do ditado popular, caindo direita. E nós no alpendre de um prédio, atirando cigarros às poças. Víamos chover e chovíamos com ela.
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