segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Aquele pedaço de rua

O cenário é perfeito para uma descarga de vida matinal. Naquele pedaço específico da rua, em que há edifícios baixos dos dois lados e ilhas na estrada para largada e tomada de passageiros dos eléctricos. O movimento contínuo dos eléctricos lembra a vitalidade das coisas. Tanta gente passando naquele pedaço de rua àquela hora, graças à proximidade de uma plataforma intermodal.
E, do arco que se abre num dos lados da rua, surge um sorriso interessante. Deve ser o sol frio e o céu azul que proporcionam este tipo de pensamentos mais bonitos, num cenário de si já tão perfeito de urbanidade. A campainha dum eléctrico. (Sim, passa um ou outro autocarro, mas o encanto do eléctrico e da sua campainha é consensual.)
Como já tentaram outros antes, estava a tomar a liberdade de alterar pequenos pormenores. Não, não o cenário, esse é pela terceira vez perfeito. Felizmente o movimento contínuo de eléctricos e pessoas lembra - prova - a vitalidade das coisas, apesar de um sorriso mais ou menos fictício.
O lirismo dos espaços urbanos.

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