quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Ode a Simão, o taxista

(Devaneio simples, a não ter em grande conta.)

Levaste-nos três noites a casa. Respondias ao nosso telefonema por mais tarde que fosse. Levantavas-te da cama, punhas a tua manga curta branca e lá vinhas. No local do costume. E sempre com um sorriso (e nós que hesitávamos sempre antes de ligar!). Eras simpático e no final até disseste "prazer em conhecer-vos". Não gosto da tua inclinação por ires para a faixa da esquerda nas curvas da serra, mas por três noites nos atendeste o telefone e por três noites nos fizeste chegar à casinha perdida no campo. (Cobraste, bem sei, mas tinhas o teu sorriso humilde.)

1 comentário:

Batarda disse...

Perfeita descrição. Querido Simão, não nos falhaste. E como tu próprio disseste "bastava dizerem-me que eram vocês" e tu vinhas, claro.