Não me deixaram dormir. Temos Gonçalo que desce do comboio como Brian que chega a Berlim. Não muito seguro da sua decisão, aceitou. Gosta de planos destes, de pessoas que tenham iniciativas agradáveis. Não gosta de complicações, nem no amor. Deixa-as para os trabalhos académicos. Mesmo não estando muito seguro, aceitou.
Ana espera-o na estação. Ana que deixara crescer o cabelo. Veste uma túnica azul e calções creme justos, toda ela equilíbrio e tranquilidade. Vão de carro (um descapotável amarelo?) até à Casa. A Casa. Sobre a praia, cenário perfeito. Uma neblina fraca envolve-os.
O interior está silencioso, o rumor das ondas é o único ruído de fundo. Na sala encontram Tomás que come cereais de pijama e roupão de seda em frente à televisão. Tomás é um homem seguro de si, às vezes roça a arrogância. Dorme com homens de maneira selecta, apaixonada e descomprometida. Conhece as pessoas certas, o que lhe vale uma existência descontraída, minada somente pelas mesquinhices do círculo. Cumprimenta Gonçalo de maneira neutra e perante a sua desenvoltura, o recém-chegado sente-se por momentos algo desconfortável.
Chegam depois Catarina Ofélia e Sebastião, que foram passear à praia. Sebastião corre para a sala. Gonçalo, na cozinha com Ana a beber café, ouve-o falar alto com Tomás. Riem-se os dois. É típico de Sebastião todo aquele comportamento meio espalhafatoso, por vezes partilhado por Tomás. Sebastião gosta de dar ares de intelectual e cultivar um estilo de vida bobo (leia-se bourgeois bohème).
Catarina é a que vem à cozinha e a sua entrada é feita sob um tema de harpa e flauta. O seu vestido é claro e causa uma impressão própria de Daisy e Jordan Baker em O Grande Gatsby. Tem um sorriso adorável com que saúda Gonçalo. Tem os olhos da manhã e pede café.
Quando vê Sebastião, Gonçalo não deixa de pensar novamente em como os quatro são tão diferentes, quase antagónicos, e no entanto vivem unidíssimos como um clã, prontos à defesa comum. Sebastião dera ultimamente em se apaixonar por Catarina Ofélia. E as férias estavam apenas a começar.
Ana espera-o na estação. Ana que deixara crescer o cabelo. Veste uma túnica azul e calções creme justos, toda ela equilíbrio e tranquilidade. Vão de carro (um descapotável amarelo?) até à Casa. A Casa. Sobre a praia, cenário perfeito. Uma neblina fraca envolve-os.
O interior está silencioso, o rumor das ondas é o único ruído de fundo. Na sala encontram Tomás que come cereais de pijama e roupão de seda em frente à televisão. Tomás é um homem seguro de si, às vezes roça a arrogância. Dorme com homens de maneira selecta, apaixonada e descomprometida. Conhece as pessoas certas, o que lhe vale uma existência descontraída, minada somente pelas mesquinhices do círculo. Cumprimenta Gonçalo de maneira neutra e perante a sua desenvoltura, o recém-chegado sente-se por momentos algo desconfortável.
Chegam depois Catarina Ofélia e Sebastião, que foram passear à praia. Sebastião corre para a sala. Gonçalo, na cozinha com Ana a beber café, ouve-o falar alto com Tomás. Riem-se os dois. É típico de Sebastião todo aquele comportamento meio espalhafatoso, por vezes partilhado por Tomás. Sebastião gosta de dar ares de intelectual e cultivar um estilo de vida bobo (leia-se bourgeois bohème).
Catarina é a que vem à cozinha e a sua entrada é feita sob um tema de harpa e flauta. O seu vestido é claro e causa uma impressão própria de Daisy e Jordan Baker em O Grande Gatsby. Tem um sorriso adorável com que saúda Gonçalo. Tem os olhos da manhã e pede café.
Quando vê Sebastião, Gonçalo não deixa de pensar novamente em como os quatro são tão diferentes, quase antagónicos, e no entanto vivem unidíssimos como um clã, prontos à defesa comum. Sebastião dera ultimamente em se apaixonar por Catarina Ofélia. E as férias estavam apenas a começar.
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