domingo, 8 de agosto de 2010

O Verão que não foi na Beira V

Espero que o relato não esteja a ser muito confuso. Repare que pouco se passou desde o acontecimento que lançou esta história. E o que me faz sorrir é a semelhança que imediatamente nele descobri com uma cena de um filme, que julgo que até se passava em África.
Como vê, a produção de imagens bonitas está sempre presente, era quase uma obrigação. Isto porque sim, eu buscava a harmonia, mas acabei por concluir que essa era uma busca vã. Decidi então que mais valia preocupar-me com as imagens, já que são elas que - mais ou menos nítidas - vão ficando.
Cedo percebi - como se calhar já percebeu - que as deslocações e os transportes eram um elemento importante nesta história. Cada vez que o via, havia logo um transporte, fosse ele rodoviário ou ferroviário, à espera para levar pelo menos um de nós até outro local.
Pode não parecer nada demais, mas duas horas numa carruagem de comboio ou três percorrendo uma auto-estrada davam espaço ao pensamento. E de pensar estava eu farto.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O Verão que não foi na Beira IV

Nesta que se tornou uma busca incessante de imagens bonitas (ou pelo menos insólitas, ainda que com o seu quê de belo), houve um novo cenário que se impôs.
A espera? Estava a pensar ignorá-la... Não, não se trata de insensibilidade, mas tão somente de utilitarismo. Sim, o jornalista, por exemplo... O que trouxe isso de bom? Nada. A espera resume-se em duas ou três palavras e realmente não vejo onde possa estar o interesse delas. Tanto que, como eu ia explicar, havia um novo cenário a desenhar-se em nosso redor.
Você não desiste... Sim, fui isso tudo o que diz... Evita, Penélope... Sim, eu sei que a Evita é uma Penélope menos fiel. Mas se Penélope tivesse sido uma mulher real nunca teria perdido horas de sono para desfazer o que tinha tecido durante o dia. Minha querida, devia ter feito como todos os outros e deixado de ler livros de mitologia aos treze anos.
Posso continuar agora?